O vento que fustigava

Já não alço voo em desgastante ventania,

Não permito me levar na ilusão dos bons ares,

Não vejo, mas sinto quando a calmaria assovia,

E os ciclones são anunciados nas lufadas de tempestades.

 

Girando em torno de si, estes já não tiram meus pés do chão,

Também a brisa, confusa e sem direção, não me acalenta

Sou mais cumplicidade e memória do que paixão,

Passa o que, de atravessado, não se demora ou sustenta.

Guilherme dos Anjos Nascimento
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