Quando a poesia fez axé,
Há, menina da cor da prata,
Inverso em versos reversos,
Cheia de brilho e alegria,
Transe de amor e graça.

Há purpurina em teus olhos,
puro lúmen da furta-cor,
Pierrô, confetes e serpentinas,
Vem com rima colobina,
Juntar as cinzas desse amor.

Na massa do massapê,
Se sorrir você vai ver,
Toda cidade "argilar",
No mar azul com você.

A poesia fez folia,
Frenesi com agogô e carapuá,
Chuva de frevo e sombrinas,
Vem varrendo vassourinha,
Saudade é boa de  passa.

O suingue desse amor,
vai sacudir, vai abalar,
Quando o bumbo do tambor,
Chamar pra festa o ganzá.

Gil Miranda
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