(Sobre Luiz)
Se me perguntam o que sei sobre o amor,
digo que o vi,
que me tocou,
que o toquei,
que o vivi.
Chegou no inverno.
Trouxe-me seu cheiro de homem,
adentrou minh'alma de menina,
ensinou-me a ser mulher,
mãe.
Transformou minhas tardes de espera em doces e repetidas alegrias.
De vê-lo chegar coração acelerava no peito,
mal ali cabia.
Assim como um dia o vi chegar,
no outono partiu.
Levou muitos dos meus sonhos
e o brilho do meu olhar.
Agora...
nas tardes de solitária espera,
muitas vezes vento noroeste arrasta meus pensamentos
e zombeteiro sopra em meu ouvido...
" Ele não virá! "
Ainda assim o espero.
Numa tarde,
noite ou manhã de sol,
sabe Deus quando,
de mim se lembrará.
Tomar-me-a pela mão
e não mais a soltará. 

Maria Isabel Sartorio Santos - Academia Itanhaense de Letras- Ail.

Maria Isabel Sartorio Santos
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