O CHORO DOS MISERÁVEIS

O CHORO DOS MISERÁVEIS

O pranto mudo sem lágrima
Gente que segue sem rumo
Enquanto viver, uma lástima
Há muito perderam o prumo

Em condição social invisível
Quando é notado, incomoda
O sensível acha ser possível
A mudança no rodar da roda

Produto do capitalismo cruel
Sob comando de um coronel
E amparo duma elite violenta

O miserável em marcha lenta
Busca na lixeira seu alimento
Na sobra do osso o desalento

Marco Antônio Abreu Florentino

https://youtu.be/QclbCfNX4e8
(Gente Humilde (Chico Buarque) - Toquinho instrumental)

Marco Antônio Abreu Florentino
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