MISCELÂNEA DE CORES


Sou simples... Efêmera como a vida...
Tensa... Andante disposta a expulsar a pervertida virtude coletiva.
Riu do modesto laico descolorido pela dor da falcatrua,
Lamento a carência de erudição conhecida, subornada.
___Sou revolta!

Logo... Lambuzo-me em guache até nos olhos para ofuscar a ética sem ética.
Visto cores de todas as flâmulas: Socialistas, feudais, aristocráticas...
...Monarquia de detestáveis políticos engomados... Petulantes!
Dispo fios de seda, colarinhos de linho sem linhas incorruptíveis,
Enfastiada das trivialidades questionais, mergulho nas aquarelas flamejantes
___Sou pintor!

Misturo pinceladas eventuais: Românticas, arrebatadas, sazonais, célicas...
Sigo sem bússola num caminho sem esquinas, aonde não existe fronteiras,
Onde o afeto global há nuances de todos os tons..., oportunas, tentadoras.
Tenho o odor floral das manhãs, o sabor do favo de mel, o desatino da paixão.
___Sou menina, sou mulher!

Sou suave como a pluma, amarga como fel, gostosa como maçã do amor
Sou tropical, sou campo de flores, o frio branco da neve... Sou uma serenata.
Sou o céu, o inferno, sou a lenda não desvendada, passagem do encanto para a dor
Sou miscelânea eclética... Sou nudez límpida aos teus olhos meigo e devotado,
Sou o delírio do nascer do sol estuprando a noite, criando um carrossel de sentimento.
Sou as cores que navega no auge do extremo prazer, sou tua flor multicor molhada.
___Sou prazer!!

Luly Diniz.

Luly Diniz
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