Mulher mente
Engana no meio dos peitos, sufoca no meio das pernas, não dá espaço para outras rimas e nem para outros alertas
Me dá um chá de… cadeira lá eu sento e espero me conecto, me concentro
Mulher mente
Engana durante o corpo,passando a mão no meu dorso passando os dedos em meus cabelos
Mulher profana se deleita em meu meio e diz que está saciada
Mas se mete, mete o dedo onde não é chamada
Mulher mente diz que sente, engana calada é poesia pura Quando está deitada Navego nos teus rios sinto cheiro de Alvorada
Nunca me despiu assim Com tamanha promiscuidade Desnudando até minha alma Com olhar de maldade
Mulher mente
Semente
Desmente
a bondade de um corpo inocente
Mulher sagaz, fugaz e ligeira
Bebe meu líquido, meu ser, Me bebe inteira.

Karine Adriene
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