Olhos que en - cantam


Dedilho nossa canção 
Num violão imaginário,
Sonho.

Anjos debruçam - se sobre o azul do infinito,
Adormecem.

Com maestria,
O vento,
Conduz as notas que desaparecem
Nas brumas da noite
Como se pássaros noturnos fossem.

Vestidas de espumas,
Adornadas por águas vivas,
As ondas serpenteiam
Sobre a areia prateada
Acompanhando o rítmo.

Abro a porta para a saudade,
Te vejo entrar.

Embevecidos pelos acordes
Tomas as minha mãos
E bailamos,
Bailamos,
Como nos velhos tempos.

Como todas as vezes
Que nos teus braços,
Ouvia versos ditados a mim
Por teu terno olhar.

Maria Isabel Sartorio Santos 
                ( 07/06/2021 )

Maria Isabel Sartorio Santos
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