Luto, para muitos é verbo
Para mim é terminar
Pois justamente no fim
A semana vai começar
Que é um salão de festa
Que os dias vão pra passear

A sexta, aqui me deixou
Optei por ter ficado
Esperando algo novo
Que me fosse inusitado
Quem sabe até mesmo
Um possível feriado

Sou domingo melancólico
Sempre muito reservado
Queria dançar mais ele
Que vive tão animado
No meio do salão todo
Bem largado e espojado

A segunda logo veio
E ele sumiu do salão
Eu, domingo, fiquei triste
Bebendo da solidão
Mas no meio dele tinha
Um tal de feriadão

Mais um baile começou
Eu, domingo, lá estava
Encantado com o moço
Que no salão dançava
Até que a música parou
E ele viu quem lhe olhava

O safado olhou pra mim
Eu fiquei desconfiado
Ele pegou na minha mão
Apertou foi um bocado
Quando no salão tocou
Um forró bem arrochado

E a gente dançou junto
Numa dança de verdade
Eu, domingo me alegrei
Me abri pra felicidade
Numa dança com um sábado
Que durou a eternidade

Poesia criada com ajuda de Roberto Vinicio, Juzé Carlu, Apoly França e Karla Sousa
Tiakuru
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