Ouço um grito dentro de mim,

É o mundo lá fora meio louco

Que ressoa em meu íntimo: eco!

Entendo devagar que silêncio é pouco

 

Para criar um armistício que não rola

E a truculenta barbárie que detona

A quietude do senso é vicissitude

Que carcome a paz, sem carona!

 

Não há parafernália para trancafiar

As injúrias que se lançam ao pomar

De uma vida sem crepúsculo, acintosa...

 

E no báratro da existência profunda

Ainda se veem decalques que não afundam:

Na hipocrisia, espinhos; na verdade, rosa!

 

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

 

Ivan de Oliveira Melo
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