Fui o cego do castelo, pra ver tudo lindo e belo,
Por vezes o bôbo da corte, pra ver os sorrisos reais
Da rainha e dos outros..
Zé ninguém de alguém que ama,
Fiel súdito e isano,
Operário incansável, ingenuo,
de espirito imenso...
Sair do meu mosteiro pra viver em teu palácio,
Dos teus prícipes fui conselheiro,
Hoje os chamo de filhos, amigos e herdeiros...
Aprendi ser plebeu na corte,
Nas claras incertezas do nosso clero,
Passei ileso no ocaso tempo,
Hoje sou feliz e traseunte,
No teu quotidiano castelo...
Gil Miranda
© Todos os direitos reservados
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