De tanto saber, acabei desconhecendo

E sem entender nada, veio todo o peso do mundo.

Criamos amores ilusórios e bonitos,

Vem a realidade e os afoga em turbilhões concretos.

 

Quem ousei pressupor ser, eu que ninguém sou ou fui?

Preparei meu incônscio ser abstrato para a memória

Quando somos projetos de régio esquecimento...

Fiquei em um porto onde os oceanos são de areia...

 

E eu penso ser esquisito que tal visão não me obceque!

Nem me entristeça e apenas me faça aguardar

Em uma calma, a qual, sem desalento, é só o que significa...

 

Devia roer as entranhas, tal qual um ácido alambique,

Mas desconheço agora as razões para tantos propósitos

Se a luta é finita a ponto de beirar o desconhecimento.