Rolam palavras em vão
entre os vãos dum trem,
Que noutro vago tempo
Agente não tem.
Entre as horas vâs
há um vagão de inércias,
Vem frases fumegando
Em outros rumos sem pressa.
Entre as falas e o silêncio,
Há um Hiato a nossa espera...
Tic Tac invasivo
É aviso sem espera.
Os minutos sao vadios e escrotos,
Nascem vales fecundos,
entre um estéril segundo e outro.
Em ocos momentos vãos
Surtam-se as palavras,
Em ecos sonoros
nos vacuos vazio das falas.
Tudo vem nos vãos dos versos
Tudo é tão acaso e mero,
Tudo vem num vão vapor,
Tudo vai em vagões expressos...
Gil Miranda
© Todos os direitos reservados
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