O bolso é um saco

 

Há de se de condoer de horrores,

pelos trajes de gala de hoje, nação!

O bolso é pequeno, inútil, liso e raso

Sem lenço ou flores, perto do coração.

 

Mera conveniência em seu encargo, o tal

por baixo, hoje só serve para pôr a mão,

rasgar por dentro o tecido social,

um bolso sem-vergonha, pra acariciar culhão.

 

Guilherme dos Anjos Nascimento

Escrevi quando estava revoltado com o desgoverno atual.
Guilherme dos Anjos Nascimento
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