Soneto do Desamor Eterno

Amor, nem sempre a ti serei atento

Nem sempre com tanto zelo e tanto encanto

Também nem sempre a terei em meu pensamento

Mas viverei total momento

Ao meu louvor, tu espalharás meu canto

E o meu riso acalmará teu pranto

Não importando a quem destinar meu desencanto

Teu consolo será teu manto

E quando mais tarde eu te procure, talvez, 

Quem sabe a solidão de quem vive

A morte de quem ama

Eu te direi por desatino a ilusão do amor que teve

Que apesar de chama, não ama

Mas que arda enquanto o infinito dure

 

Nu
© Todos os direitos reservados