Depois de muita persistência e desilusão,
na minha humilde companhia convalescida,
minha fé com medo de não
terminar desgastada e arrependida,
enfraquece meu desfibrado coração.
O cupido que me acerta na partida,
de cada sonho de dedicada paixão,
com pena me assiste sangrar, sentida
é a falta de uma carinhosa mão,
pra estancar a tristeza de minha vida!
Irene, já não aguento mais essa prontidão!
Um soldado romântico, repleto de feridas
vejo que sem alguém meus amores são,
em saraiva de flechas no meu peito esquecidas,
Minha escolha e execução.
Mas de peito aberto, em espera comprometida,
Enquanto vivo tenho esperança no amor, em oração!
Abandonado, sonho com sua vinda,
pra afastar de mim a teimosa solidão,
que trava comigo uma guerra sofrida.
Guilherme dos Anjos Nascimento
Em uma alusão a São Sebastião, comparo as várias desilusões amorosas, que fazem por desanimar a busca a um amor de peito aberto.
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