A PRESSA MODORRENTA DO TEMPO

A PRESSA MODORRENTA DO TEMPO


Os dias passam lentos... modorrentos
O tempo corre depressa e não espera
Caminham juntos
Seu encontro é uma quimera
A vida acompanha o tempo, a existência os dias
Mas não se encontram

Ontem o passado gritou hoje
Amanhã o futuro sussurrou ontem
Mas não se encontram
Talvez no fim do caminho, da vida
Da existência? Talvez num sonho...
Na derradeira despedida

Os dias passam rápidos como as águas do rio
Ou o vento do deserto
O tempo caminha moroso... incerto e insidioso
Dois há em particular que são indiferentes
O que passou ontem
O que virá amanhã

Por que tanta pressa... é o destino?
Quem sabe o destino da chegada?
O encontro tão esperado, tão desejado
Tempo, vida e existência... tudo fica consumado
Não espera a força do divino
Porque nada vem e nada vai ao encontro do nada

Marco Antônio Abreu Florentino


NOTA: Terceira estrofe inspirada no poema de Omar Kháyyám - Rubáiyát.

https://youtu.be/oEGL7j2LN84
(Time - Pink Floyd)

Marco Antônio Abreu Florentino
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