Vozes no bosque
 
Soltem-me, soltem-me!
Não me atrapalhem
Deixem-me.
Deixem-me correr, por favor
saiam da frente…
diziam as límpidas águas
de um pequeno regato
borbulhante, às pedras que,
propositadamente,
dificultavam sua passagem.
Acima, o farfalhar risonho dos arbustos,
pareciam vozes no ar…
 
Nesses momentos,
somos a própria natureza.
 
                                                            
 
Porto Alegre, 20/10/20
José Carlos de Oliveira

 

jose carlos de oliveira
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