Pandemia

Hoje o texto é mais profundo. Abrange os quatro cantos do mundo. Perde a suavidade do antes, a leveza das palavras amenas, envoltas de amanhã... Subscreve o depois entre parênteses, sem ênfase, conteúdo cambaleante, sem rumo, sem prumo, prestes a desabar. Repleto de incoerências pesa nas negligências num contexto que não convence mais. Dispensa atenuantes, foca-se em fatos já constatados, marcados, marcantes. Retranca alegrias, os planos prolongados. Perambula reticências... Dúvidas vestem presenças constantes, acentuam marcas de expressão e a impressão de não ter fim... Lacunas são lacradas de indecisões. Mas as entrelinhas, doces entrelinhas... pedem para não acreditar... Consolam. Tudo vai passar. Vírgulas pausam, pedem fôlego. Há espaço e o texto pode mudar... Carmen Lúcia