Às vezes me considero sem estética
E sou energia mecânica em potencial,
Contudo não sou febril, não faço mal,
Sou turbinas e me movo com a cinética.
 
Não há espaço em mim para a inércia,
Minha velocidade é deveras magnética...
Para alguns, em meu bojo falta a ética,
Pois dizem que há ausência de modéstia.
 
Ventos fortes me fazem produzir força
E numa tempestade eólica sou luminoso,
É o sol que irradia em mim mui cobiçoso
A fim de que as palavras eu não distorça.
 
A combustão química em mim se opera,
Por isso sou térmico na produção do fogo,
Todavia como em mim nada é muito novo,
Porquanto estou idoso perante a primavera.
 
De vez em quando me percebo biomassa
E estou energeticamente carregado de luz...
Nas ondas dos mares o fluxo se reproduz
Diante do petróleo que breve será carcaça!
 
 
DE  Ivan de Oliveira Melo
    
 

Ivan de Oliveira Melo
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