Quando tudo for resumido à preguiça

(De fazer, lidar e até mesmo ser)

Sufocados na arrebatadora missão da própria identidade

E fustigados pela punição de viver o que vivemos,

Talvez não pareça de todo ruim adormecer...

 

É muito amplo o terreno a percorrer.

Tanto quanto as gerações que já foram.

Eu já não enxergo de tanta visão que tive

E sinto que já faço parte desta multidão...

 

O fim do mundo está em nós mesmos,

Posto que já não há o que sentir e respirar.

Mas não ter expectativa é apodrecer e definhar

Só aguardando silente o cadafalso.

 

Terminus est... (É o fim).