Quem, de auréola, me dirá em vida,
crente, para cima ou para baixo?
Quem comprova, depois da partida?
A qual religião melhor me encaixo?
Por que o divino como espelho do homem?
Sofrimento da perfeição, jamais alcançado?
Para quê esperar o milagre alimentar a fome?
O mal, pelo sagrado é criado?
Puritano é esconder a escória!
Dogmas, a separem seus irmãos!
História exorcizando a estória!
Indulgência de passagem, cifrão!
No palco dramático, o mor-religioso e sua alcateia,
Desferem guerras santas, em louvor.
À luz do obscurantismo da plateia,
Injustos aplausos hipócritas, com humor!
Guilherme dos Anjos Nascimento
Guilherme dos Anjos Nascimento
© Todos os direitos reservados
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