Um mundo que confronta, que resiste, que engana...

As mãos sobre a cabeça, geram dúvidas insanas...

Contraditórias as leis, a justiça, a escassez...

Ensinando muito ódio com tanto amor e veemência...

Um mundo que ampara o erro, o egoísmo, o preconceito...

Que dita regras e as contradiz em cada verso...

O maquinismo funciona a base de dinheiro,

Não importa se pisam no chão, na lama ou no cidadão...

Cadê a paz desse mundo pagão?

Onde não há certezas nem união...

Onde a vida é tida como um algo qualquer...

Um produto a ser gerenciado!

Onde todos os dias vemos meninas com o corpo violado...

Punidas só por terem nascido...

Até quando? Eu pergunto!

Até quando viveremos em meio a tanta desigualdade?

Um mundo imundo que me inunda de raiva

Que fecha os olhos pra não ajudar...

Que vira as costas pra não encarar...

Que se cala pra não opinar...

Caminhando todos os dias mais perto do fim...

É revoltante, é cruel, é gélido aqui!

Para onde mais poderemos fugir?

Karine Adriene
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