Morte aracnídea
A morte é uma aranha sorrateira e tecelã,
que com seus olhares, não se ressente da dor
Tem fieiras a tricotar a teia, no afã,
De selar o destino, aracnídeo labor.
De lamentar, a todos se esfria as vísceras,
já que jamais, em vida, a vítima terão.
E também por que na peçonha daquelas quelíceras,
Serão elas que um dia se envenenarão!
Porém, suas peludas e longas patas
Ensina-te a viver, pois não é azar.
A culpa e o arrependimento é que te matas
Gasta-se a vida em repulsa, ao invés de aceitar!
Guilherme dos Anjos Nascimento
Guilherme dos Anjos Nascimento
© Todos os direitos reservados
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