Eu canto porque a vida insiste,
Agora e sempre estarei pronto
Mesmo em meu olhar o pranto
É a exegese que em mim existe.

Desejo cantar a todo instante
Mesmo exaurido, corpo demente,
Só eu sei o que meu coração sente
Diante da solidão que é uma amante.

Portanto, se a existência é madrasta
Fico eu a perceber o sonho da casta
Da qual sou filho e pai amantíssimo...

Nada posso falar, o devaneio assalta
E tudo o que escrevo está em pauta
Perante o delírio de qualquer feitiço!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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