Enquanto o mundo se reinventa

Eu olho da mureta

A pandemia assola o planeta

Eu observo da mureta

 

O medo visita as mentes mais Sans

Eu enxergo da mureta

A barbárie insiste nas almas

Eu compaixão da mureta

 

Os números sobem exponencial

Eu respiro na mureta

O desespero visita as perdas

Emano paz da mureta

 

Enquanto as escolhas atentam a vida

Eu aporto a mureta

A medida que espraguejam o vírus

Eu me assumo mureta

 

O planeta enfim respira

Eu me íntegro a ele na mureta

O tempo deixa de ditar o ritmo

Eu medito a mureta

 

Criamos assim tudo que é

Em cima da mureta

Depois que a grande onda passar

Estaremos presentes para sermos a mureta.

Joari O. Procópio
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