O carnaval é uma festa pagã

Que se festeja o corpo e,

Se diz ser festa do corpo,

Onde se usam fantasias distintas

Mostrando o real e o irreal 

Da realidade e da ficção...

Estórias e histórias são mostradas

À contento e, ou descontento,

Tudo dentro dos parâmetros

Legais e ilegais da moral...

Os praticantes do carnaval

Não têm noção de tempo,

Comem, bebem e se prostituem,

Ou seja, ninguém é de ninguém,

E se pensa estar agindo legalmente

De acordo à ilegalidade ou legalidade

De seus atos, relevantes e irrelevantes...

À eles, isso tanto faz,

Abusam e abusam da sorte,

Brincam com as coisas

À si puras e impuras,

Não estão nem aí para

As consequências, más ou boas

De seus atos lúgubres...

Essa festa do corpo,

Ou festa da carne,

Às vezes repugna,

Porque se fazem coisas

Inaceitáveis, como, de exemplo,

A nudez total, imprópria

A menores de desoito anos,

E as comilanças, bebedeiras

E sexo ilícito praticados

À olhos vistos sem nenhum pudor...

Josea de Paula
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