O mundo chora, crianças se matam.

O pavor coletivo ecoa em todas as direções.

Meus irmãos vivem o exílio, o abandono, o esquecimento, a invisibilidade.

A indiferença fomenta as capengas relações.

Lágrimas vertem dos olhos enfadados de enxergar a miséria humana.

Até quando mataremos o nosso semelhante.

O mal obscurece a atmosfera planetária.

As dores enlanguescem os corpos, vazios de esperança.

O aceleramento rompe com o tempo e tudo fica efêmero.

Os sabores dão lugar aos odores fétidos de almas adoecidas.

A depressão está aliada a ansiedade, e ambas estão trabalhando em prol da compulsão, da destruição da espécie humana.

Humanos desumanizados, seres bestiais.

O que estamos plantando no terreno existencial?

Onde pretendemos chegar?

Somos um! 

O egoísmo tem nos arrastado para os porões da dor.

O amor se ausenta dos diálogos, das experiências, dos momentos... 

Por tudo que seja sagrado na sua vida, isso se existir sagrado no seu existir, veja o outro em você e você no outro.

A faxina planetária é obrigação nossa.

Avante! 

Dhiogo J. Caetano
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