Das lembranças, não se magoe...
Quero, então, um mundo plural,
Mas se for singular, conheça-o,
Não pestaneje !
 
Das amizades guarde respeito
Embora nem sempre seja respeitado...
Nada de medo e infidelidade,
Pois a traição é nojenta!
 
Siga a vida, confie no tempo
E dê asas à imaginação,
Porque, às vezes, nada é óbvio.
 
Olhe o mundo em derredor,
Interpele-se a si mesmo
A fim de que se conheça por dentro
Visto que, por fora, as aparências enganam.
 
Busque o conforto das palavras
E tenha paciência consigo...
Os momentos são alucinógenos
Para quem não se comunica fácil.
Nunca se divulgue para a vida deitado
Já que a preguiça pode tolher seu senso.
Trabalhe, ócio é podridão!
 
Tenha diversidade, porquanto o adverso é úmido...
Não se apoquente com os pelos grisalhos,
A experiência deve falar mais alto.
Transforme sua dor em exemplo,
Assim contribuirá para uma existência salutar.
 
Esteja sempre alegre
Para que os oprimidos não se constranjam.
Um sorriso doce é capaz de metamorfosear
Todos os encaixes onde a tristeza faz morada.
Viva, nunca deseje a morte,
Posto que, se na Terra está,
Certamente tem algo a cumprir,
Nem que seja uma satisfação
Ao seu próprio eu...
Não se esqueça:
Sobreviver, apenas, é pobreza de espírito!
 
Ame suas fronteiras,
O amor é o bem mais caro,
Contudo igualmente o mais barato,
Haja vista que se vulgarizou
A ponto de vender-se por poucos níqueis,
Não obstante a sensibilidade humana
É o seu ordenador e dia virá
Em que será a única moeda em voga
Para todos que almejem palmilhar a Terra!
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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