Sete anos de sorte roubada
Pela promessa de um amor eterno,
O qual se mostrou uma terrível piada
E me deu uma amostra grátis do inferno.
Mas sete anos se passaram e amadureci.
O que lamento é que por conta disso, descobri a insensibilidade;
Em razão da falha, uma sorte de coisas ruins aprendi,
Enquanto tentava não me isentar da responsabilidade...
Eu queria dizer ao meu antigo eu
Que a paixão cega e que aos vinte e um anos, a minha certeza
Sobre os sentimentos humanos, aquele tesouro meu,
Era a mais pura verdade, quase uma lei da natureza!
Será que te amei mesmo? Ou foi cegueira?
Sei, hoje, que jamais toleraria certos insultos;
Nem conseguiria escutar, a cada asneira,
Escândalos frenéticos, os quais nem eram, dos ciúmes - vultos!
Será que realmente valeu a pena a experiência?
Há sete anos atrás eu sentia alguma esperança.
Eu me culpava sozinho, e não tenho mais essa "nobreza" e cadência
Para atirar-me no abismo a bailar em tua macabra dança...
Eu mudei para pior por causa daquele "romance"...
De que me valeu, enfim, ter sentido tanto amor,
Se foi para uma única vez; se foi falha, miseravelmente, a nuance?
Há sete anos atrás, tu me declaraste perpétuo perdedor...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença