Cru eu vejo, cru eu falo
O verde, o cinzento o azul
Que cruzam cores cruas, expressivas.
Cru e cruel muitas vezes,
É o amor, é a vida
De crueldade crua solida
No cru de cada instante de vida
Pois é no cru que se aprende:
A andar, a ler, escrever
Para cada passo cru desta vida...
Bem ou mal vivida;
Do cru tudo se transforma
Do cru tudo nasceu,
Há que se faça crueza a morte
Da vida que no cru morreu
Seguir e levar a estrada nua e crua
Passo à passo, a cada passo cru:
Sentir a cada caminho cruzado
Que nada começa bem ou malpassado
Pois todo começo é cru.
 
Léo Nazare
16/10/19
 

 

Léo Nazare
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