A Todos que não amam a vida.

 

Há sono...

Entorpecido pelos dissabores da vida

Já não sinto desejo e amor por ninguém.

Quero dormir eternamente.

Quero beber, drenar avidamente alguma fonte...

 

Há tédio...

Quando foi que deixei de sentir e veio a apatia?

Não há mesmo alguém que eu possa tocar sem ferir?

Eu já não concebo o fato da felicidade

Em outra pessoa... Nem em mim.

 

Ó morte, vem depressa! Acalenta-me com teu sono!

Escorre lodo em meu ser até afogar este tédio...

O repouso para quem não sente nem uma perda

É requisito... Já que desperto já está a descansar...

 

Sê estrela do meu show de horrores...

Almejo esquecer de tudo e ser tragado também pelo olvido.