É impossível descrever com simetria
A assimetria dos astros,
Pois por caminhos opacos,
Simétrica e assimétrica é a utopia.
 
Parece assaz ululante a metafísica,
Porquanto com o pensamento em órbita
O destino das ideias é a sensação mórbida
De que, no tempo, a hora seja pudica.
 
Decerto um cosmos jamais será corrupto,
Porque diante das trajetórias em curso
Os corpos celestiais são túnicas de almocreve...
 
Diante do sideral, tudo e nada perecem sós
E não há quem ou o que desate todos os “nós”
Dum universo que apenas toca em nota semibreve!
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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