Vôo Rasante

Constelações habitam a sua cintura 

Prigosa criatura armada de beleza

É da sua natureza ser bandida,

Aranha tecendo a teia

Seu corpo é todo minado,

Barril de pólvora encontrando a labareda

Poderosa criatura cintilante 

Que consegue ser bonita 

Até fazendo careta 

Pele de pétala coberta de renda,

Saliva doce como polpa de fruta madura

Deitar na sua cama é loucura,

Sonhar em ter a sua posse é suicídio 

Deusa em forma de castigo

Ceder aos seus caprichos 

É caminhar na direção do precipício,

Não me importo com isso,

Aprendi a voar.