PARA TI
A ti,
Que te sentes só,
Que queres amigos,
Sempre presentes,
Deixa-os, em paz.

Cada um tem sua vida,
Caminho para percorrer,
Diferente da percorrida!

Sim, por vezes, há encontros,
Há um bom dia,
um abraço, um beijo
e um:
-“Há ror de tempo que não te vejo!
Que não nos falamos, que não nos encontramos!”

Isto acontece com quem brincámos,
Com quem estudámos
Com quem trabalhámos,
De todos esses tempos nos lembramos,

A pouco a pouco, morre um amigo,
Depois vai-se outro,
Para a morada dum jazigo!

Nosso mundo cada vez mais pouco,
E nós a sentirmos-nos sós!

Porém, é quando mais vivemos;
com amigos dentro de nós,
deste, daquele e daquele outro,
um ainda vivo, d’outro já morto!

Mas, sem nos falarmos,
mesmo sem nos encontrarmos,
sem nos lembrarmos;
dos amigos presentes e dos partidos
nos recordamos!

Nunca estamos sós.

Sempre, com amigos conversamos,
com os dentro de nós,
com boas conversações,
sem espaços para solidões.

Amigo,
Quando sentires solidão,
Conversa com teus amigos do coração.
Dá-lhes um abraço.

Certo que sentirão o aperto de ti,
E tu por perto!
….xx…..
Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

Gondomar-Portugal

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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