NONAGÉSIMO ANO SUPERADO

 
 
 
Vou me equilibrando com excelência.
Nesta bola que é o mundo,
Embora haja nele abismos profundos
Existem alguém que ao tempo desafia
 
Não quero ser recordista nele,
Pois que existem muitos a desafia-lo,
Hoje sou um saco de e pele e ossos,
Que ganharei a outros supera-los?
 
Nonagésimo ano superado,
Porém não é essa minha vontade,
Sinto o mundo uma casa velha sem telhado
E o seu futuro afogado na iniquidade
 
Estão enterrando o ontem em sepultura funda,
Deixando para traz a quem a humanidade muito deve,
A diversidade humana é maléfica e profunda,
E a desafia-la o homem petulante se atreve

 

Não nego que me assusto com minha idade, mas com o amanhã. Sou consciente do meu limite e sem queixa me vou.

Em casa e feliz