Há em meu íntimo intenso inverno,
Tempestade de ilusões sacia fantasias
E tudo fenece como eu não pretendia,
Pois é nos adereços criativos que hiberno.
 
Há na inconsciência falanges de utopia,
Borrasca que nutre imensos devaneios
E tudo perece no silêncio onde são feios
Os teares em que a imaginação não se filia.
 
Em meu âmago há folhas secas de outono
Que os ventos sopram e eu não sei como
Se espalham dentre sentimentos bastardos...
 
Em minha consciência há trovões figurados,
Relâmpagos escrevem todos os postulados
Que me inibem perante os pesados fardos!
 
 
DE  Ivan de Oliveira Melo

 
 

Ivan de Oliveira Melo
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