MEU VELHO CASARÃO
Ai como as saudades duêo, quando passei pelo velho casarão,
ali na rua do egito em wagner do tempo da minha infancia no sertão.
de repente Voltei a um passado glorioso ao contemplar o velho pé de Chorão nascido ali nos fundos no quintal do velho casarão.
Que apesar do sol causticante , no meio do quintal daquele chão,
ele premanece magestoso, e soberano, vivendo sua solidão.
Velho casarão, com suas paredes caidas, rachaade sem reboco,
sem pintura, comprometida estrutura , virou casa da locura.
Quem diria tal coisa nos anos sessenta, no tempo vero de Itacira,
Que aleguem em sã conciencia o casãrão em estrebaria tornaria.
Lugar sagrado onde morou pessonalidades que a esta terra legou bondade, trabalho, encino, distribuio cultura, caridade e muita sabedoria,
No desnível do seu piso de madeira, em baixo tem um porão,
onde todoas as sextas feiras, .sr. Pedrinhio e Maroto, seu parceiro,
Faziam daquele ambiente pouco confortavel , por uma noite sua pensão,
e antes de irem dormir, tomavam baste café com puro requijão.
eu ficava olhando, desejando participar tmbqm daquela refeição
Eu e minha familia ali moramos a ali alguns anos, anos de felicidade.
foram para mim como criança o melhor tempo aqui nesta cidade,
De manha cedo era só abrir a porta ja estava no mato a vontade,
ninguem via eu sair ou chegar e entrar, eu tinha total liberade.
Debaixo do pé de Chorão , eu e meus irmãos brincavamos `a sua sombra,
Arrojados pela brisa suave da capoeira, que ventava e a todos envolvia.
E quando a trade caia, dali de perto o cantar da nahambu se ouvia
eu cheio de esperanca pegava minha beca para caçar-la todos os dias.
era apenas um exercisio, uma fantasia, eu jamais conseguia.
Quem à tardezinha não ouvio o chamado do nhambú a seu aconchego,
o canto grave do Chorrotão convidando sua companheira para o ninho,
As cigarras formarem sua horquestra estridente e altaneira, sem maestro longe e perto se ouvia
Alçando suas canções celestiais anunciando o final de mais um dia.
era o toque de recolher, e o desabrochar da noite sua melodia.
Lá daquele casarão, hoje desprezado, num canto da rua abandonado,
eu criança, todos dias era o expectador assíduo e incondicional daquela espetacular orquestração que enchia o vilarejo de um son agraciado.
quem nunca isto provou, perdeu os previlégios desta solene sensação,
E tudo isto advinha daquele hoje desprezado e arruindo casarão.
Hoje menosprezado espera da sua incondicional demolição.
Casarão velho e abandonado, resta hoje só a lembrança da tua canção,
Nada mais vejo ao contemplar-te, nem sinto mais a mesma emoção,
pois não se ove mais o canto do nhambu, nem o chamado do chorotão,
o canto da cigarra tambem não, oço a melodia que ficou gravada em meu coração.
Fim.
Nota: Com o desmatamento e as queimadas criminosa, a vida está se esvaindo, da flora, da fauna e do ser humano,a beleza do sertão está desaparecendo, ficando apenas cantada pelos Sertanejos. Tempos virão
E não está longe, tudo isto simplificará em um paisagem de parede ou de
Um pintor cheio de saudade.
manoel b queiroz filho
guaçui-es
inspirado no No velho Casarão - em Wagner-ba.
Casa que vivi nos anos 60.no tempo da minha infancia.
11 de nov 2017.
q
NOS VELHOS TEMPOS DE CRIANÇA EM ITACIRA -BA, VIVI UM MUNDO ENCANTADO NESTE CASARÃO QUE NA ÉPOCA ERA UM LUXO, PARA MIM IMPORTAVA O ERA BOSQUE NOS FUNDOS, ONDE TODAS AS TARDES EU
EXPLORAVA O MATO SEM QUALQUER TEMOR EM BUSCA DE AVENTURAS, FRUTOS DO MATO, PASSARINHOS ENTRE OUTRAS NOVIDADES. TEMPOS INESQUECÍVEIS, GARDO-OS NA MEMORIA NO MEU CORAÇÃO.Guaçuí
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