Deixe que os outros esbocem sorrisos coloridos,
Eu sou a neurastenia cinzenta.
Cantem o início e as coisas belas, o infante que tenta...
Estarei inerte em meus poemas doloridos...
Abracem a ilusão do calor da vida, os risos incontidos,
Eu escreverei sobre o fim e a trajetória lamacenta.
Ninguém tem a companhia, estamos sós desde a placenta
E só o que nos aguarda é o esquecimento dos perdidos...
Bradem os hinos de alegria enquanto falo da agonia lenta.
Construam a superação, eu pintarei a cor morta e nojenta
Que está presente nas desilusões do mundo, tão forte...
Falem do momento ideal dos homens sofridos;
Eu saberei que ele é sempre, sem pesares ressentidos...
Sonhem com a força da vida... Eu idolatro a morte...
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