Eles partiram

como é triste partir sem um adeus,

a casa estava em silêncio absoluto.

Ora, invariavelmente, eu os visistava todas as bocas de noite

eram divertidos

apreciava a amizade dos pequenos,

a mãe me afagava, como a um membro da família.

O batalhão concluiu as obras, eram cassacos.

A do meio, um anjos de pele macia e olhos agateados,

cheirava a sabonete de ervas,

meti-me em sonhos medonhos ao lado desta;

sonhos atrevidos na cota de um menino dente de leite ainda.

A luz da manhã os procurava, se derramava pela calçada,

invadia portas, janelas, queria se meter entre  as rachaduras das telhas,

mas volvia ao chão duro e vinha morrer nos meus olhos tristes.

Não tive mais notícias suas, só este instante de saudade

se atreve e me bota comovido.

Wilson dos Anjos
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