Regurgitas um amor doentio para ser saudável,

Mas então és assolado pela solidão formidável...

 

A vida é um sanguinário maníaco

Ávido por fazer verter uma gota de sangue,

E então outra e mais outra... Até formar um mangue

De dor e sofrimento; de pesadelo demoníaco...

 

A treva caminha a rápidos passos e nos drena em seu drama.

(Quando serei feliz!?) Onde está a estrada? Não enxergo!

Espreme meus ossos como uma bolha... E eu grito e vergo

Me afogando no rubro lençol da minha rude cama!

 

Quem falou em tamanha falsidade e mentira,

Que a vida é tão prazerosa e justa?

A quem devo dedicar e de quem sou alvo de tanta ira?

 

Por que não estou sozinho nesta agonia a qual me custa

A própria essência? Por que juntam almas de forma vagarosa

E queimam em jatos de vida venenosa?

 

É que o mundo é um local injusto, assim como a batalha

Pela sobrevivência... O universo conspira para nossa falha!