Jamais imaginaria, o amor diferente.

Outro rosto posto  mesma  vertente.

Porém, diferente fosse, assim dirigido.

A mim, pouco acrescentaria  sentido.

 

Outros olhos, e não esses reluzentes.

Que me olham, serenam tão videntes.

Outra boca, assim em conformidade.

Terno paraíso, meu mar de saudade.

 

Outro jeito, ao tentar trair sentimentos.

Ocultados,  explícitos a todo momento.

Mesmo assim, reconheceria tal  amor.

Sinuosidade do riso, e também da dor.

 

Amor esparge, restritamente alheio.

Direta maneira, dizendo ao que veio.

Minha inclinação, portando teu rosto.

O jeito, a certeza, também o suposto.

 

Que devidamente, pertencem a mim.

Quando, necessariamente, ser assim.

Amor feito, uma medida tão peculiar.

Terminantemente, jamais a se negar.

 

 

 

izildinha renzo
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