Soneto do Físico
Da ampla explosão cósmica medra
O fanal em um pequeno invólucro
Confuso, perdido como a pedra.
Macabro! Pensamento vacilólucro.
Mas num instante a flama mitiga
Como se contraísse num harmônico,
Embarca em sintonia na cantiga
E demuda o seu mundo lacônico.
Agora mancebo em seus saberes
Vislumbra seu amor à natureza,
Observa fenômenos e dizeres
Da dita física em sua clareza.
Por fim o eterno fanal confuso
É prometido! Ao umbral infuso.
Daniel Ramos
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