Venho caminhando errático sob luzes purpúreas,
Alheio às lógicas humanas, sempre alienado.
Nem mais busco que um segredo seja revelado.
Já nem sinto prazer com as mundanas luxúrias.
Estou absorto na escuridão, imerso em penúrias
As quais me instigam a vagar pelo passado
E ignorar o futuro... Sou um ser ignóbil e transviado,
Que ao se banhar na calmaria, entregou-se às fúrias...
Vim das trevas. Batizado em pó de sombras.
Não me deem a luz vingativa, viajo em lombras
Para transcender toda a minha fotofobia.
E tendo origens sombrias, cabe-me ser tão distinto.
Em suma, todos nós o somos no imenso labirinto
Do mundo. Todos sombras. Todos partes de uma elegia.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença