Ah, coração...

 

Tu que sondas meu silêncio 

Vês que ando muito triste

 

Tu que pulsas entre descompassos

Conheces o peso destes grilhões 

 

Tu que sabes o que sinto

Compreendes como sofro...

 

Nesse sopro de adeus 

Que o Universo me brindou

Nesse canto emudecido

Que de mim tudo tirou

Nesse choro sufocado

Que em ti já transbordou

 

Ah, coração...

 

Esse canto emudecido

Esse choro sufocado

Esse sopro de adeus...

 

Valei-me Deus!

 

Silvestre Sobrinho
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