Tempos implacáveis do nosso tempo,e

das páginas de nossa história,ontem viamos as

estrelas no aquecer de nossos colos e das fogueiras de acampamentos...hoje,

vagueio sozinho nesse vento noturno meu olhar sob esse céu de galáxias distantes.

Quem depois de nós,contará nossos feitos,glórias e inglória,a não ser

os pedaços de vida que de teu ventre arranquei,pelas bocas que amamentastes...nossa história nunca morrerá.

Nosso tempo,nossa história

depois disso será narrada pelo vento,propagada aos quatro cantos da terra,

apagará incêndios,será tempestades avassaladoras de ventos violentos

que dirão quem nem a morte ousou acabar.

Nossa história será contada pelas chuvas que abrançam as montanhas

verdejantes,e em noites de águas torrenciais,murmurará como correntezas

destruidoras que nossa história ainda é viva.

Nossa história será cantada como a brisa canta nas folhas

das palmeiras,por entre jardins,zumbidos de abelhas atrás do néctar

e ao som das asas do beija-flor que beija o sol de todas as manhãs.

A nossa história por entre o cheiro de jasmins,e

adocicada como os cajus campestre,viaja entre o gosto das goiabas

nos quintais trazendo lembranças de dias felizes, e se espalha como o perfume do bálsamo

as florestas e matagais,riachos e matas nativas.

A nossa história será contada pelos sussuros das ruas

silenciosas,em noites quentes quando vagavamos taciturnos lugares

para chamar só de nosso,longe dos olhares abjetos dos que nunca entenderam

o amor.

A nossa história...é a nossa história

contada a nossa maneira e vivida a nossa vontade,

será contada pelas lembranças que vagando pelo

tempo sempre voltará para ser contada.

 

 

 

 

 

Charles Feitosa de Souza
© Todos os direitos reservados