Obscuro

Me abrigo nesta escuridão

aonde encontrei aconchego,

sangue que escorre na minha face

diz que estou no sossego.

Meu paladar já tão ruim

degusta a minha saliva,

em uma sensação de prazeres

e meu corpo se decliva.

Não reconheço o meu olhar

e nem o meu silêncio que me corta

o medo bloqueou minha estrada,

levando contigo a fé morta.

Não há nada que me alimente,

Que ressuscite o meu ser morto,

Sinto que perdi a alma,

Vagueio perdido no meu corpo.