O Vate, quando ele sente
O mundo que lhe perturba,
Aperta o pé no presente
Se afasta, triste, da turba.
Se o Cisne a ida pressente
De forma vil, prematura,
Então chora e se ressente
Em canto sem partitura.
Aquele que a cena assiste
Acena com lenço triste
Essa triste despedida.
O Vate, seu Cisne e a Sorte:
O Cisne cantando a morte.
O Vate co(a)ntando a vida.
Gyl Ferrys
© Todos os direitos reservados
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