Oscar Barros

Marteladas no inconsciente,
insanos pensamentos
entrando pela mente.
Emoções nas pontas dos dedos,
o Santo correndo do Demônio,
aí começam os medos...
falando coisas sem nexo,
árvores cinzas com flores negras,
Terra quadrada em circunflexo
quebrando todas as regras. 
Pele vermelha de um sangue preto,
Paredadas na cabeça...
Murros fortes quebrando o vento.
Palavras atiradas no fundo do poço
e o sofrimento contínuo daquele moço.
Lágrimas em pedras jorrando pelo chão,
o filho voltando para o ventre,
deixando na terra uma lição.
A mãe ri em desespero, 
com o cérebro girando em reboliço,
Pensamentos voando como peixes
e o pai sorrindo por isso.
A depressão bate! bate!
mais que a mãe do diabo!
Agora o gato é que late
e a cobra vomita o rabo, 
o sapo pagando o pato,
o rato comendo o gato...
A luva entrelaçada na cabeça do pé 
e no pé da mão o sapato.
O inferno é pouco...
Entre as grades o espírito é solto, 
sai voando com uma asa
e de saudade morre louco, 
antes de chegar em casa.
Loucura! loucura!! loucura!!!
Loucura!!!! mesmo!!! é o dia em que pensares que
o hospício é melhor que a sua casa!
Um sonho?...

Oscar Barros/ 17/04/2017

Brasilia (DF) 18/04/2017