Às vezes recebem de mãos espalmadas,

E não aceitam por ter as mesmas fechadas.

A vida  dá o hoje de presente,

E desperdiçam presos ao passado,

E esperançosos em um futuro ainda ausente.

O amor que outrora tínham intensamente,

Hoje preso a correntes definha lentamente.

A beleza que alcansava altos voos,

Em gaiola foi colocada pra ter suas plumas admirada.

A paixão que tornava todos seus dependentes.

Hoje se resume a uma transa no primeiro encontro.

Pessoas automatizada,

Onde as máquinas substituem o calor de gente

E o ser humano cada vez mais carente.