NÃO OLHO QUANDO ESTOU TENTANDO


Não sei o que pensar, diante as linhas que escrevo. 

Por mim duvidaria das fontes que ouço mergulhar, 


Nas sombras imundas dos por fins que longe vejo, 


Que nas mesmas me incluo sair sem guerrear. 


 


Olho para confins totalmente perdido, soluçado, 


Tantas estrelas cruzando este largo pequeno pomar, 


De tal fruto concebido, caro, raro e dourado, 


Tardando no salivar de meus lábios, o seu sabor, degustar. 


 


Quando sento, olhando um pouco, naquela relva, 


Soco devagar o chão, até ter o dorso da mão ensanguentado. 


E respiro devagar, por vezes mil, minha pulsação se eleva 


Aos segundos pequenos de cada momento esperado. 


 


Estou correndo com vento para buscar verdades de mim, 


Para com pouca sorte sorrindo diante ao meu reflexo, que se quebra 

Ao tocar meus próprios olhos tristes, como aguados por alecrim, 


Fingindo querer algo além do pensamento que aqui penetra, 


 


Tentando reaver casos e coisas perdidas em uma imagem rasgada, 


O que me tortura às vezes é meio que ficar feliz, mesmo bravo,  


Com todos a volta que reprovo, por não obedecer a qualquer regra ensinada, 


Dormindo para esquecer, que não recebo flores e nem cravos.